Mostrando postagens com marcador Ayutthaya. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ayutthaya. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de março de 2015

Tailândia - Ayutthaya


Hoje vamos conhecer as ruínas de Ayutthaya, antiga capital do Reino do Sião, que foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade. Há um filme, que é proibido na Tailândia, chamado Ana e o Rei (na versão com Judie Foster), que conta a história do último rei do Sião, quando eles foram conquistados pela Birmânia, atual Myanmar. Os birmaneses destruíram grande parte da capital. O que vemos hoje são ruínas e alguns prédios que foram restaurados.

Para chegar lá pode-se pegar uma excursão ou ir por conta próprio de trem, ônibus ou van. Como não reservamos com antecedência, a excursão que nos ofereceram durava o dia todo, pois voltava de barco pelo rio Chao Praya. Deve ser interessante, mas não queríamos gastar todo esse tempo. Preço: US$69 pp com almoço. De van ou ônibus teríamos que enfrentar o trânsito de Bangkok que é um horror. Acabamos optando pelo trem que parte de h/h da estação ferroviária de Hua Palong, a qual tem ligação com o metrô. Pegamos o metro em Sukumvit e saltamos na estação Hua Palong. A viagem durou uns 15min. O entorno da estação é meio esquisito, mas não nos sentimos inseguros em nenhum momento.

Área externa da estação.
Área interna da estação.


Dica: a 3a classe custava 20BHT e a 2a classe 245BHT. A diferença são os bancos mais confortáveis e o ar condicionado. Com o calor que faz por aqui nem pensamos duas vezes, fomos na mais cara. Além disso, li no bilhete do trem que é proibido levar animais e alimentos com forte odor nos vagões com ar. Logo, na 3a classe você pode se deparar com esse tipo de coisa.

O trem é velho e o ar condicionado não é lá essas coisas, tanto que os vagões têm uns ventiladores de teto para reforçar, mas foi uma viagem confortável. Durante o trajeto apareceu um vendedor oferecendo bebidas e biscoitos. Pagamos 15BHT na água.


Se não fossem os ventiladores...
Conforme fomos nos afastando do centro, começamos a ver uma cidade em construção. Parece que estão fazendo uma linha de Sky train na região e vários condomínios de prédios e casas estão crescendo em volta. Parece que será uma área residencial valorizada, embora haja muitas construções precárias, tipo as favelas no Rio, beirando a linha do trem.

Dica: o lado da sombra é o esquerdo.

Chegamos em Ayutthaya 11h45. 




Ainda na estação veio um senhor nos oferecer o serviço de Tuktuk. Ele começou em 1500BHT e fechamos em 1100BHT por 3hs a 4hs de passeio. Gastamos 3h30 para ver os principais.

Garantia de segurança ao contratar o guia.
Nosso guia era o Tony
Primeiro fomos ao Wat Yai Chaya Mongkol (20BHT). Ele é famoso por sua fila de Budas com faixas amarelas. Na verdade ele é rodeado por essas imagens. O efeito é lindo. No alto há uma espécie de santuário, com as quatro estátuas de Buda em círculo e um fosso no centro onde as pessoas jogavam pedacinhos de folhas de ouro. 


Repare que cada estátua tem uma fisionomia.


No fim da subida há um templo


Na saída do templo vimos um altar com um Buda e várias pessoas rezando. Havia um lugar vendendo as oferendas. Compramos as nossas e seguimos o ritual: você acende uma velhinha e três incensos e ajoelha para fazer sua oração. Depois deposita a flor de lótus em uma bandeja, os incensos e a vela em uma caixa de areia e cola na imagem de Buda folhinhas de ouro. Pagamos 10BHT por tudo isso.




Meio escondido no jardim tem uma imagem grande de um Buda reclinado.







Seguimos para o Wat Phanan Choeng, que data de 1324, portanto uns anos antes da fundação oficial da cidade. Na sala da oração, que é nova, você vai ver um buda sentado com 19 metros de altura (de 1334!). Ao lado estão as ruínas do Wat Phra Sri Sanphet, antigo palácio real. Vimos a maquete, era enorme. Mas agora só sobrou preservado três Chedis muito bonitas, destinadas a guardar  as cinzas dos reis. Vale a pena a visita (50BHT).



Dica: para chegar a este templo passamos no meio de uma grande feira com comida e artesanato. Compramos umas imagens pequenas de Buda bem baratas.



Dali seguimos para o Wat Mahathat, o lugar mais famoso de Ayutthaya entre os turistas, por causa da cabeça do Buda entre as raízes de uma árvore (50BHT). A imagem é interessante, mas as ruínas com varias imagens de Buda sem a cabeça impressiona. Ela era o templo real. Foi construído em 1374 e foi destruído e queimado em 1767  durante a guerra com a Birmânia.






O seguinte foi o Wat Lokayasutha, que apenas vimos por fora e nos aproximamos do Buda reclinado, com 8 metros de altura e 42 metros de comprimento. É imponente com sua túnica laranja.



Quando pensamos que já tinha acabado, nosso motorista, o Tony, nos levou ao templo mais bonito, na nossa opinião, o Wat Chaiwatthanaram. Foi construído em 1630 pelo Rei Prasat Thong em estilo Khmer, por isso lembra o Angkor Wat no Camboja. Dizem que ele usou esse estilo em homenagem a cidade natal de sua mãe, à sua coroação e para lembrar da vitória sobre aquele império. Ele é rodeado de imagem de Buda em posição de lótus, mas todas foram decapitadas. Triste ver isso.





Dica: em frente ao templo tinha um sorvete de coco servido na própria fruta. Delicioso!


Sorvete para refrescar, pois tá queeente!
Desse templo pedimos para voltar à estação. Já não aguentávamos mais o calor. Compramos o bilhete para o trem de 16h05 e descobrimos que a 2a classe dele só tinha ventilador. Pagamos 60BHT pp. Talvez seja interessante ver o horário do trem com ar, porque esse que pegamos era bem ruinzinho. Chegamos em Bangkok 18h10. Pegamos um metrô cheio para retornar ao hotel.


Terminamos a noite na Khao San Road. Zanzamos por lá, jantamos um peixe com Pad Thai, pra variar, e fizemos uma bela massagem nos pés. Depois voltamos, tristes, de tuktuk pro hotel. Negociamos por 150BHT, mas acabamos pagando os 200BHT que tinham pedido inicialmente, pois a distância era grande. 

Hora de dizer... até breve

Uma das características da surpreendente e saborosa gastronomia tailandesa é a frequente mistura dos sabores doce e salgado em seus pratos. Eu diria que não só a comida, mas viajar por esse pedaço da Ásia é uma experiência agridoce. O calor beirando o insuportável; o trânsito caótico; as barraquinhas de rua onde se vende de tudo; a comida com seus temperos exóticos que desafiam nosso paladar; os magníficos templos com imagens retratando Buda de maneiras que provavelmente você nunca viu; as maravilhosas ruínas, testemunhas de um passado glorioso; as praias idílicas, de mar transparente e água morna, que reproduzem fielmente aquela foto com o barquinho da proteção de tela do seu computador; o jeito singelo de se cumprimentar juntando as mãos como se fosse rezar e, especialmente, a simpatia do povo; tudo isso faz parte da extraordinária experiência de viajar por esse continente, já não tão desconhecido, mas ainda mais admirável agora que o descobrimos.