sexta-feira, 22 de julho de 2022

TIRADENTES

Não é à toa que essa pequena cidade mineira foi considerada a mais bonita do Brasil pela revista de turismo norte-americana Departures.



Ao atravessar a ponte de pedra sobre o Rio da Morte você chega ao Largo das Forras, a principal praça da cidade onde o vai e vem de carros, charretes e pessoas é frequente. 
A visão da Serra de São José ao fundo emoldurando a cidade já encanta o visitante na chegada.



O centro histórico preservado com suas casas brancas de portas e janelas coloridas repleto de lojas de artesanato e restaurantes é um charme.


As ruas com calçamento original de pedra e as antigas igrejas te levam de volta ao século 18, quando ela era uma próspera cidade do Caminho do Ouro, rota de transporte do ouro brasileiro para Portugal.

Originalmente chamada São José Del Rey, foi rebatizada após a proclamação da República com o nome de Tiradentes em homenagem ao herói da Inconfidência mineira Joaquim José da Silva Xavier. O Museu do Padre Toledo, personagem que ajudou alguns inconfidentes a se refugiarem,  conta um pouco dessa história.

Outro museu que vale a pena a visita é o de Santanna, que tem um ótimo acervo de arte sacra. Ele fica na antiga cadeia pública.


Para quem gosta de Arte Barroca, visitar as igrejas de Tiradentes é tarefa obrigatória, independentemente da religião. A principal é a Matriz de Santo Antônio, que está em um ponto alto entre as ruas do centro histórico.  É a mais antiga igreja da cidade. Sua construção foi teve início na primeira década do século 18 e os seus relógios, que data de 1788, ainda funcionam. No século seguinte, sofreu alterações na sua fachada, cujo projeto  teve a participação de ninguém menos que Aleijadinho. Detalhe: tem um relógio de sol de 1785. Mais informações :pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Matriz_de_Santo_Ant%C3%B4nio_(Tiradentes)

Aqui acontece um espetáculo de luz e som muito legal. As imagens são iluminadas e os detalhes das obras de arte são comentados em uma gravação.



Outra igreja interessante é a N.Sa do Rosário dos Pretos. Segundo o Wikipédia, foi erguida entre 1740 a 1770, já que os registros da Irmandade que a construiu foram perdidos. Aliás, embora seja uma cidade pequena, é possível avistar duas igrejas ao mesmo tempo.


O Chafariz de São José, construído em 1749, fornecia água para cidade antiga, é mais um ponto turístico que vale a visita. Atrás dele há o Bosque da Mãe D'água onde guarda a nascente que abastece o Chafariz.


Mas o bom mesmo é passear pelas ruas de pedra do centro histórico. 


Embora não seja tarefa fácil para algumas pessoas, pois as pedras são irregulares e há muitas ladeiras.

Se for o seu caso, não se preocupe. Você pode chegar aos lugares mais difíceis de carro, táxi ou em um passeio de charrete.


Outra forma super diferente de fazer um tour é na Charmosa, uma jardineira antiga super preservada guiada pelo Luis Fernando, que além de muito simpático é um ótimo guia. Os passeios acontecem no fim do dia e precisa agendar para garantir a vaga.



Como chegar: De carro, a partir de Belo Horizonte são 193 Km. Da cidade do Rio de Janeiro para Tiradentes são 330 Km. E, partindo da cidade de São Paulo, 480 Km. Também chega-se de ônibus. A rodoviária fica colada ao Centro Histórico.


Hospedagem: há opções para todos os gostos e bolsos. Faça pesquisa em sites de busca como o Booking. Só aconselho ficar próximo ao centro histórico, especialmente em feriados e época de férias.

Gastronomia: muitos restaurantes são especializados em comida mineira. Tutu, feijão tropeiro, frango com ora pro nobis (verdura tipica da região) são alguns pratos típicos.


Mas Tiradentes também tem restaurante italiano, português, pizzaria, hamburgueria e até um tailandês. Algumas sugestões : Dona Xica (comida mineira), Atrás da Matriz (pizza), Cantina Família xxx (italiano) Divino Sabor(self service) e Pau de Angu (comida mineira na estrada para Bichinho).


Passeios:
Maria Fumaça até São João Del Rey - não deixe de fazer esse passeio especialmente se estiver com crianças. O trajeto não é muito bonito, mas a experiência de viajar de Maria Fumaça já vale o passeio. 


Depois de conhecer a cidade você pode voltar de trem ou van para Tiradentes. Em  feriados e época de férias você deve comprar a passagem com antecedência de pelo menos um dia. A venda é feita pelo site e na bilheteria da estação. Horário :

São João Del Rey - cidade próxima a Tiradentes com centro histórico preservado. É possível ir de carro, ônibus ou van. Clique aqui para ver um roteiro completo.


Travessia da Serra de São José - esse é para quem gosta de trilha. Fizemos há alguns anos e o visual é de tirar o fôlego.

Dica: Para passeios ecológicos pela região contrate agências indicadas pela pousada ou com boas resenhas na Internet. Uma vez nos indicaram um guia particular para fazer a travessia da Serra de São José. Ele não estava em casa e o irmão se ofereceu dizendo que também era guia e estava precisando do trabalho. Gostamos do rapaz e o contratamos. Durante o passeio descobrimos que ele não era guia. Além de agir de uma forma nada profissional, em um momento parecia até que ele estava perdido. Desde então só contratamos agências conhecidas ou guias muito bem indicados.

Bichinho - esse é meu passeio preferido fora da cidade. O centro de Bichinho fica a 6km de Tiradentes, mas o legal é o que tem no caminho. 


Além de visitar várias lojas de artesanato e móveis, você pode ir ao Museu do Automóvel, voltar a ser criança na Casa Torta e fazer uma degustação na Cachaçaria Muzema. 


Para terminar almoce no Tempero da Ângela, no centro de Bichinho. Sempre tem fila, mas vale a espera. Outra ótima opção é o Restaurante do Mineiro. Clique aqui para ver o roteiro completo.

Rezende Costa - só para quem quiser comprar artigos de tecelagem como mantas e tapetes.



Dicas:
Para andar pelas ruas de pedra o melhor calçado é o tênis. Nem pense em sapato de salto.
Traga repelente.
A cidade tem uma extensa programação de eventos ao longo do ano. Festival Gastronômico, Festival de Cinema, Semana Santa, Show de Luzes no Natal, encontros de Motos, etc. Fique atento ao calendário

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Visconde de Mauá



Pense em um lugar repleto de cachoeiras, com pousadas charmosas e um centrinho simpático. Visconde de Mauá é exatamente assim, um oásis para fugir do calor no verão e um recanto aconchegante para curtir o clima frio no resto do ano.

Localizado na Serra da Mantiqueira, bem na fronteira entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, Mauá fica em uma região belíssima e muito preservada, considerada área de proteção ambiental. Seus rios e cachoeiras têm águas límpidas e o verde predomina na paisagem.




O caminho (RJ 163) que liga a entrada de Penedo com a Vila de Mauá é lindo mas o asfalto da estrada já foi melhor.


Antigamente era conhecido como um lugar para hippies e pessoal alternativo. Havia um certo misticismo em torno do lugar, alguns diziam ser possível ver duendes e outros seres mágicos por lá. Até hoje pequenos duendes são vendidos como souvenir nas lojas da vila. 

Com o tempo foi ganhando pousadas confortáveis, restaurantes legais e passou a atrair gente de todo tipo, quer dizer, qualquer um que se aventurasse a subir a serra por uma precária estrada de terra. 

Em 2012 o asfalto chegou e o acesso ficou mais fácil. Na época houve muita polêmica, pois alguns tinham receio de que com a pavimentação o turismo de massa invadisse o local. É verdade que o número de turistas aumentou, mas não acho que o povoado tenha perdido o encanto. Ao menos por enquanto, eles têm conseguindo manter um equilíbrio sustentável.

Visconde de Mauá é formado por três vilas: Mauá, Maringá e Maromba. O Rio Preto segue caminho entre elas e as cachoeiras estão espalhadas por toda a região.

Vila de Mauá


É a primeira vila no alto da serra. Logo no início você vai encontrar o Centro de Informações Turísticas. Os funcionários são super atenciosos e tiram todas as suas dúvidas. Inclusive informam sobre a disponibilidade de hospedagem, caso você não tenha reservado nada com antecedência.

Entrada da Vila de Mauá e o Centro Turístico.
O Centro Turístico.

Você vai se deparar com um grande campo gramado em frente a uma igrejinha. Só há uma rua principal na vila, onde você encontra alguns restaurantes e lojas. As pousadas ficam nas adjacências. Hospede-se aqui se você estiver buscando conforto e tranquilidade. Se seu orçamento permitir, fique na Hotelaria Mauá Brasil, uma das melhores opções de hospedagem de toda a região. Ela está há 7km do centrinho da vila, no bairro de Campo Alegre. O entorno é belíssimo.

Depois de atravessar a Vila de Mauá na direção da Vila de Rio Preto o caminho torna-se um cenário espetacular.

Dependendo da ėpoca que você for, haverá Hortênsias por todo lado.

E muito verde também

Vila de Maringá

Seguindo por mais 5km você chega à próxima vila, Maringá, que é a nossa preferida. Ela tem o centrinho mais charmoso, os melhores restaurantes e bares para sair à noite, além de boas pousadas. Se você estiver sem carro, fique aqui.



Depois que passa pela Vila de Mauá, segue-se para Maringá (RJ ou MG).
A graça de Maringá já começa no fato de ela estar dividida em Maringá-RJ e Maringá-MG.

A sinalização, embora confusa, te ajuda a chegar.
No meio da vila há uma ponte de pedestres sobre o Rio Preto facilitando a circulação entre os dois lados.



Acesso que une o lado Maringá de Minas com o do Rio de Janeiro.

Em Maringá-MG estão as melhores pousadas e os restaurantes charmosos. É o lado mais organizado e calmo, onde o prazer está em desfrutar de uma refeição saborosa em um lugar agradável e de preferência em ótima companhia. 

Maringá Minas
Atravessando a ponte você encontra um comércio razoável, com muitas lojas de artesanato e especializadas em material para trilhas, mercado, agências de turismo e restaurantes mais simples e baratos. Como a estrada para a próxima vila passa por Maringá-RJ, o trânsito é mais intenso desse lado e quando a cidade está muito cheia há até engarrafamento. Eu diria que é o lado mais animado, com bares tocando música ao vivo e até um forró pé de serra no fim de semana. 

Maringá RJ à noite.
Por conta dessa diversidade sempre escolhemos ficar perto de Maringá, pois podemos circular de um lado para o outro em busca das melhores opções.

É o lado mais arrumado e charmoso.


Vila de Maromba

O caminho é muito estreito. Por isso que não dá para estacionar ali.
O acesso a terceira vila ainda não é asfaltado, mas a estrada está boa. Maromba, segundo dizem, parece muito com a Mauá de antigamente. Tudo é mais simples e barato. Está cercada por ótimas cachoeiras e oferece hospedagem em campings.  Por isso ela atrai o turista que busca mais simplicidade e economia. O centro da vila é minúsculo, mas tem uma igrejinha simpática, além de lojas, restaurantes e mercado.



Díficil é arrumar lugar para estacionar.







O difícil é arrumar vaga para estacionar, pois as ruas são estreitas e o estacionamento em frente à igreja pequeno.


A sinalização para as cachoeiras existe (verde com setas brancas), mas tem que procurar nesse emaranhado de placas.

Cachoeiras

A região possui mais de uma dezena de cachoeiras e vários pontos ao longo do Rio Preto são acessíveis para banho. Inclusive existem pousadas que contam com acesso para as pequenas piscinas naturais que se formam ao longo do curso do rio.

Para melhor orientação, conseguimos um mapa bem detalhado.


Algumas opções para um bom mergulho:

Alcantilado – umas das mais conhecidas. São 7 cachoeiras (algumas apenas pequenas quedas d'água) acessadas através de uma trilha com 1,5km de extensão que passa dentro de uma fazenda. 


Tem a melhor estrutura com estacionamento, bar e banheiro. A trilha é tranquila e tem degraus e corrimãos em vários pontos, o que ajuda bastante, mas os últimos 300m são bem íngremes. 


Fizemos em 1h15 parando várias vezes para fotos. 



A sinalização é bem visível. Aí é decidir para qual lado ir. 





Ela está bem sinalizada e tem latas de lixo espalhadas pelo caminho, o que achei bem legal. Dá para entrar na água na maioria das cachoeiras. A entrada é paga (verifique o valor no https://www.cachoeirasdoalcantilado.com.br/index.asp. Para chegar você terá que pegar uma estrada de terra cujo acesso fica entre as vilas de Mauá e Maringá (há placa indicando). São 4,2km de percurso com alguns trechos ruins, mas acessível a qualquer tipo de carro. Um dos melhores passeios da região. Para mais informações, acesse o site: http://www.cachoeirasdoalcantilado.com.br/.

Cachoeira do Escorrega – localizada a 3km da Vila de Maromba, talvez seja a mais famosa. A água esculpiu a rocha na forma de um tobogã. Daí o nome. Os mais corajosos fazem verdadeiras acrobacias descendo até em pé por esse escorrega natural. Mas se você só quiser dar um mergulho também é legal, pois ela forma uma grande piscina. Há estacionamento, bares e restaurantes no entorno.


Poção da Maromba – é um ótimo lugar para um bom banho. Fica distante apenas 1km da vila de mesmo nome.


Véu da Noiva – é a primeira cachoeira depois da Vila de Maromba. Você pode ir de carro ou caminhando.


 O acesso se dá por uma pequena trilha. O lugar é lindo, mas não é dos melhores para banho. O poço é pequeno e não tem muito lugar para sentar.




Piscinas Naturais – como disse acima, há vários locais onde é possível acessar o Rio Preto para banho. Do lado mineiro da Vila de Maringá fica o acesso mais fácil. Você pode chegar pela estrada de Maringá-MG seguindo as placas em direção à Casa das Velas. 




Caso prefira ir pelo lado carioca, siga a estrada em direção à Maromba até a Fábrica de Cerveja Maresia de Mauá que fica em uma esquina. Entre nessa rua e procure uma pequena trilha do lado esquerdo. Ela leva a uma ponte de pedestres sobre o rio. Basta atravessá-la para acessar a tal piscina. No fim dessa mesma rua também tem uma trilha para chegar ao rio, mas o acesso é um pouco precário. Pergunte ao pessoal da cervejaria que eles indicam o caminho.


Mais cachoeiras: veja no site https://visiteviscondedemaua.com.br/

Cachoeira do Rio Grande -   Sabe aquela cachoeira que além de uma queda d'água tem um poção e um barzinho com estrutura ao lao? Pois é. A cachoeira do Rio Grande é assim. Embora mais distante da Vila de Mauá, vale muito a pena conhecer. O passeio é muito lindo, exuberante. Mas, ao invés de ficar para as bandas de Marnagá de Minas e do Rio de Janeiro, essa é no caminho oposto (olha o mapa que está mais acima e entenderá).


No caminho você passa pela Pedra Selada, onde é possível fazer uma trilha até o topo e curtir o visual. Nós não fizemos, pois nossa meta eram a s cachoeiras.  



Para chegar ao nosso destino, atravessa-se por Mirantão, distrito de Bocaina de Minas, vilinha simpática onde parece que o tempo parou. 

(POR FOTO DE MIRANTÃO!!!!)






Cachoeira do Prata: 

Dica: O caminho para as cachoeiras não é asfaltado. Em algumas é fácil chegar, qualquer carro passa pela estrada. Já outras ficam em locais mais distantes ou o percurso é muito íngreme e acidentado. Nas cachoeiras que indicamos aqui conseguimos chegar com veículo comum. Mas nem sempre a estrada estava boa. Por isso, a primeira sugestão é que você sempre se informe na pousada como está o caminho antes de se aventurar. Outro problema é o estacionamento. Quando a cidade está cheia, fica difícil parar o carro perto das cachoeiras. No Alcantilado não há problema, mas nas outras a área para estacionamento costuma ser pequena. Então, caso você esteja viajando em período de férias, em feriados prolongados ou em um fim de semana ensolarado, acorde cedo para ir às cachoeiras. E se você não quiser se incomodar com nada disso, talvez seja interessante contratar um tour com uma das muitas agências da região. Elas fazem passeios em automóveis 4x4 passando por várias cachoeiras em um mesmo dia. Segue o endereço eletrônico de algumas agências indicadas pelo hotel:


Outras atividades:
Rapel , cachoeirismo e bóia cross
Passeio de triciclo
Cavalgadas
Visita a um dos trutários da região

Massagem – na própria pousada eles costumam oferecer o serviço. Eu gosto de fazer com a Doris, que faz uma massagem extremamente relaxante, além de ser uma pessoa super tranquila e com um ótimo astral. Se puder ligue com antecedência, pois dependendo da época é difícil ter disponibilidade. Ela atende em Maringá-MG. Tel: (24)99811-2830/99205-3450.
Email:dorisflorais@hotmail.com

Atrações fora de Mauá:

Penedo

Outro destino turístico da região, Penedo ganhou fama por ser uma colônia finlandesa. 

Seu centro é bonitinho, cheio de restaurantes, lojinhas e com uma inusitada Casa de Papai Noel, que faz a alegria dos pequenos. Tem algumas piscinas naturais para banho, mas perdeu muito da sua área verde com a construção de pousadas. A interação com a natureza que você sente em Mauá há muito tempo não existe em Penedo, apesar da pequena distância que as separa (30km). Agrada quem prefere um lugar mais estruturado. Vale a pena conhecer.



Parque Nacional do Itatiaia – repleto de cachoeiras e trilhas, esse parque fica a 44km de Mauá (1h). Rende um bom bate e volta. Imperdível para quem gosta de estar em contato com a natureza. Para mais informações acesse o site: http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia


Leia antes de embarcar

Quando ir: qualquer época. Vai depender mais do estilo de viagem. Para curtir as cachoeiras o verão é o ideal, mas você pode pegar um pouco de chuva. O inverno já inspira um clima de romance. Escolha uma pousada aconchegante e aproveite para fazer trilhas, comer bem e descansar, mas se prepare para o frio. Já pegamos por volta de 0°C em julho. No resto do ano o clima costuma ser bom, com noites frias e dias com temperatura agradável. A alta temporada acontece nas férias de verão (meados de dezembro, janeiro e fevereiro) e durante o inverno. Nos feriados prolongados também costuma lotar.

Como chegar:

Carro – o acesso a Visconde de Mauá se dá pela Rodovia Presidente Dutra. A partir do Rio de Janeiro são cerca de 200km (você vai gastar entre 3h a 3h30, dependendo do trânsito). É o caminho mais curto. Outra opção é partir de São Paulo, que fica distante 300km de Mauá (em torno de 4h). Ambos os trechos possuem pedágio.

Ônibus – somente nos fins de semana há ônibus direto do Rio de Janeiro (Rodoviária Novo Rio) para as vilas e ele só está disponível em um horário na sexta. A volta só no domingo à tarde. Como os horários são irregulares, entre em contato com a empresa para se informar (http://www.cidadedoaco.com.br/pt/)
Você também pode ir até a Rodoviária de Resende e de lá pegar outro ônibus para as vilas. Partindo do Rio de Janeiro, você encontra ônibus em diversos horários saindo da Rodoviária Novo Rio para a Rodoviária de Resende. É possível comprar a passagem pela internet no site acima. Existem duas empresas que fazem o trajeto de Resende para as vilas: a São Miguel leva até a Vila de Mauá e a Resendense até Maringá e Maromba. Os horários são poucos e variam de acordo com o dia da semana, por isso entre em contato com o Centro de Informações Turísticas de Mauá para maiores informações: mauatur@viscondedemaua.org.br ou tel: (24) 3387-1283.
Outra opção seria pegar um ônibus da Rodoviária Novo Rio para Penedo, outro destino turístico da região próximo a Visconde de Mauá (32km) e contratar com sua pousada ou com alguma agência de turismo o transfer para a vila.

Onde ficar: depende do estilo de viajante que você é e do meio de transporte utilizado. Como falei acima, cada vila tem seus atrativos. Escolha aquela que mais combine com você. Mas caso você vá de transporte público, acho que a melhor opção é a vila de Maringá e as melhores pousadas ficam do lado de Minas Gerais. Vou deixar a dica de algumas pousadas nas quais ficamos e gostamos, mas na internet você vai achar outras tão legais quanto. 
Dica: Pelas minhas pesquisas, o site de busca com mais opções de hospedagem na região é o Booking.com.

Tijupá – essa pousada fica no Vale do Pavão em um lugar belíssimo. Ela tem acomodações em apartamentos e chalés. Os apartamentos têm um tamanho razoável e comodidades como frigobar, tv, ar condicionado (difícil de encontrar na cidade) e uma pequena varanda com vista espetacular. Os chalés são mais luxuosos e possuem banheira com hidromassagem. Outra coisa que gostamos é da piscina natural. Não é grande, mas bem agradável. O farto café da manhã é servido em um salão envidraçado com vista para o vale. Ele também serve de restaurante durante o jantar (mediante reserva). Tem internet Wifi. Achamos um bom custo-benefício quando você se hospeda nos apartamentos. Mas só recomendo para quem está com carro próprio.


Pousada dos Amores – essa pousada é perfeita para casais. Especialmente se você estiver sem carro. Ela fica em uma rua tranquila na Vila de Maringá (lado de Minas Gerais). Você tem todas as comodidades da vila e ao mesmo tempo um lugar relaxante e muito aconchegante. Ela fica em um terreno pequeno, por isso não há piscina ou sauna. Em compensação os chalés são maravilhosos, grandes, lindamente decorados, com lareira e banheira de hidromassagem. Eles ficam dispostos em torno do bem cuidado jardim. O café da manhã é servido em um simpático salão com vista para o jardim. É farto e saboroso. O wifi está disponível apenas na sede da pousada.

Onde comer: a oferta de restaurantes é grande. Vale a pena pesquisar as opiniões de quem foi em sites como o Trip Advisor ou seguir sua intuição e escolher na hora. Vou deixar aqui algumas sugestões:

Vale do Pavão

Babel – esse restaurante é um dos melhores da região. Ele fica no Vale do Pavão debruçado sobre uma colina. O visual é de tirar o fôlego. O acesso pode ser um problema, pois para chegar lá você passa por uma estrada de terra com trechos íngremes que nem sempre está boa. Mas vale a pena o esforço. A comida é maravilhosa. O menu contemporâneo traz pratos sofisticados. Como oferece um serviço diferenciado, não é um lugar barato. Convém reservar. Você pode ver o menu no site: http://www.babelrestaurante.com/cardapio.htm

Maringá-MG

Cogumelo Bistrô (Sítio Paraná) – o restaurante que antes ficava em um anexo do sítio mudou para Maringá-MG. Fica na rua principal no trecho próximo à ponte que atravessa para o lado carioca. O atendimento foi super atencioso apesar do local estar lotado. Comida gostosa e vinhos com bom preço. Não deixe de provar a cachaça que eles oferecem na chegada. Serve para abrir as papilas gustativas, segundo eles. 
O sítio ainda recebe visitas. Na entrada do Vale do Pavão e na estrada há placas indicando o caminho.  Eles trabalham com diversos tipos de cogumelos e ainda vendem, mas como fornecem para a maioria dos restaurantes da região, nem sempre têm disponibilidade. Melhor ligar antes e se informar: (24) 3387-1193/99275-9920.
 

Casa di Pedra – o legal dessa pizzaria é que eles trabalham com farinha integral e possuem uma grande variedade de sabores. O lugar é agradável e o atendimento bom. 

Mauro Jr – ambiente bonito, pratos saborosos e atendimento simpático. Eles vendem alguns produtos servidos no restaurante. Compramos o molho pesto que provamos em uma entrada. Muito gostoso.

Maringá-RJ

Fábrica de Cerveja Maresia de Mauá – sempre paramos nessa cervejaria para um chope. Ela fica perto das piscinas naturais de Maringá. O lugar é legal, o chope é bom e eles servem uns petiscos gostosos. Os funcionários são muito simpáticos e dão dicas para a escolha do chope. Como é uma fábrica de cerveja, também oferecem visita e curso com o mestre cervejeiro.


O que levar: boné e protetor solar durante o verão e repelente sempre. 

Compras: geleias, doces, linguiça, queijos, trutas e artesanato.

Dicas úteis e importantes:

Dinheiro – NÃO HÁ caixa eletrônico em Mauá. A maioria dos estabelecimentos turísticos aceita cartão de débito e crédito e alguns até trabalham com transferência bancária, mas convém sempre perguntar antes.

Gasolina – só há um posto de gasolina depois que você sobe a serra de Mauá. Certa vez, por causa de uma tempestade, uma sobrecarga elétrica queimou as bombas de combustível do posto. Resultado: não tinha combustível quando fomos abastecer na volta da viagem e quase ficamos no caminho. Por precaução, aconselhamos que você abasteça na estrada. Há dois postos de gasolina na entrada de Penedo, antes do início da serra. São os mais próximos da vila.